Baú da Nonna
Consultora de Culinária,
Banqueteira; Antonieta Gonçalves
A
p o s t i l a J u n i n a
Quando comecei tinha 9 anos e foi pelo incentivo da minha avó materna, que aprendi a fazer os pratos europeus, principalmente os italianos, de Veneza onde ela nasceu.
Além dos segredos de receitas tradicional da família, que tem mais de 300 anos, isto é, (foi em l984 que completou os 300 anos). Minha primeira cozinha foi a de minha avó, uma cozinha rústica, imensa, com fogão a lenha muito alto, que eu era obrigada a colocar um caixote para subir para alcançar o fogão.
Todos os anos meus irmãos,
meus primos e eu passávamos férias na
Fazenda de meu Avô materno, em Mogi Mirim no
Estado de São Paulo.
Eu era a neta mais velha de 20
netos.
Minha avó me obrigava a arrumar as camas dos outros netos, meus primos.
Eu sumia para a cozinha, ia ajudar a empregada a fazer os pães e outros quitutes, às vezes dava certo outras vezes não.
Minha avó me obrigava a arrumar as camas dos outros netos, meus primos.
Eu sumia para a cozinha, ia ajudar a empregada a fazer os pães e outros quitutes, às vezes dava certo outras vezes não.
Sempre contava grandeza para a
empregada, que eu
sabia fazer os pratos melhor do que ela, e quem tinha me ensinado era
minha avó, as receitas tradicional da família,
e "os segredos ela passou somente para mim." E foi verdade.
Não passou nem para a minha mãe que era filha dela.
Não passou nem para a minha mãe que era filha dela.
Quando não dava
certo eu transformava em outro prato,
para que ninguém descobrisse as minhas falhas.
Maquiava os pratos com tempero fortes, com açafrão páprica, noz-moscada, gengibre, orégano, salsa, hortelã, majericão, sálvia, alecrim, cravo, canela pimenta, louro e outros além de colocar alcaparras, palmito, azeitonas, cogumelos etc.
Maquiava os pratos com tempero fortes, com açafrão páprica, noz-moscada, gengibre, orégano, salsa, hortelã, majericão, sálvia, alecrim, cravo, canela pimenta, louro e outros além de colocar alcaparras, palmito, azeitonas, cogumelos etc.
Procurava sempre prestar muita atenção quando minha avó estava na cozinha fazendo os pães italianos e os pratos de banquetes para a nossa família.
Eu queria aprender tudo, decorava os nomes dos pratos para não esquecer. Os pratos as vezes era em outro idioma, Italiano, Francês, Alemão, Austríaco, naquela época era difícil, mas não impossível, para mim.
Não tinha papel na época, eu escrevia na perna.
Eu
tinha tanta certeza que iria
aprender Culinária que até prometi a
minha avó que iria escrever um livro de
Culinária dos meus antepassados.
Minha Avô sempre avisava, tome cuidado quando fala.
As palavras que você coloca na boca já é resposta.
Minha Avô sempre avisava, tome cuidado quando fala.
As palavras que você coloca na boca já é resposta.
São Paulo, 30 de
setembro de 1998.
Antonieta Gonçalves
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